BATE PAPO COM O LEITOR – BÁRBARA -DUAS VIDAS AMOR MAIOR

BÁRBARA

O AMOR COMO UM RIO IMPETUOSO

O seu conto DUAS VIDAS faz a gente a pensar, Mario. A moça começou com 16 anos a magia do namôro e depois de contratempos fugiu de casa e casou-se com o primeiro namorado. Não deu certo. Ela continuou com ele num relacionamento plano, sem sal e desastroso. Depois surgiu outro, um conhecido na net e da mesma área profissional dela. Foi um achado tão importante quanto o primeiro. Ela ficou com os dois! E o amor, segundo ela, com o segundo aflorou de novo como um rio cheio de vida e emoções.  Refletindo, e foi o corpo do conto, ela definiu seu modo de ver a vida como:

“Amo o amor. O romantismo que sinto e sou vem do amor ao amor. Hoje me parece que o amor é um rio que se criou de um lago vivo que transbordou ou rompeu uma de suas margens. Ele vem, ele manda, ele tem sons e ruídos bonitos e selvagens bem como sublimes. Mas as águas vão se espraiando, os obstáculos surgem e se plantam no caminho e crescem; o rio vai dando um jeito vai contornando e perdendo o ímpeto… Até que fica muito raso, sem o ruído, sem as emoções profundas. Sem o amor que é a energia. Um dia o rio se acumula em outro lugar até que rompe e pode ser reconhecido como amor de novo.”

Duas Vidas.
Amor Maior.

Só um pano pra manga. Não seria ideal que tudo isso acontecesse com o primeiro relacionamento? Que fossem capítulos do casamento?  Ou com o segundo relacionamento e por isso ela ficasse livre do primeiro?

Mário

Bárbara

O IDEAL é sempre o ideal e é saudável que caminhemos para ele, para o melhor. No entanto parece que há um braço do destino que afeta o ser humano: O IDEAL acontece para poucos e na maior parte das pessoas e na história do homem acontece o VIÁVEL.

O IDEAL é que nossas autoridades nos liderassem com isenção de ânimos e imparcialidade… O VIÁVEL é que poucos seres humanos investidos de autoridade paguem um preço alto para serem incorruptíveis.

E assim corre a todas as áreas da sociedade e da vida.

Nos relacionamentos o mesmo acontece. Ela, a minha personagem não queria, por motivos dela e do companheiro romper o primeiro relacionamento e ela gostava, necessitava sentir de novo o gosto do amor, sedução e o calor da paixão! Havia duas vidas numa só pessoa. Errado? Pode ser… Viável? Sim. Seria o mais certo se ela passasse a vida inteira no rio plano, sem graça Pode ser.

Quais os motivos dela? Ninguém sabe. Só ela e ele, o primeiro sabiam…

Bárbara, eu só escrevo e gosto de pessoas. Não julgo. Nos vibrantes documentos do novo testamento, em algum lugar está escrito que: “Cara, com o critério com que você julgar, você será julgado.” Julgar faz mal para a saúde e atrapalha a gente a contar histórias fascinantes como a dela.

Um abraço

Largo da Ordem - By Mario Nitsche

 

 

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